30 de dez. de 2012

Mãe ! Quero Ser Ministro do STF.



* Vítor Andrade

“Mamãe  não quero ser Prefeito, pode ser que eu seja eleito e alguém pode querer me assassinar...” isso já dizia Raul Seixas na música Cowboy fora da lei, talvez seja uma critica de um filho a sua mãe para não assumir um cargo político, de grande respeitabilidade, representatividade e também responsabilidade do Poder Executivo municipal. Hoje em dia se uma criança perguntar: mãe como faço para ser Juiz? Ela dirá: estude! E para ser ministro do Supremo Tribunal Federal? Ela dirá: tenha dinheiro, influência e conheça algum senador ou deputado que patrocine seu nome, para que te ajude na sabatinada no Senado, e que agrade o Presidente da República, pois será ele quem indicará seu nome, e depois se prepare, pois se algum deles precisar de você, não poderá dizer não, afinal foi ele quem te colocou lá, e tem mais, torça para que quando for levantada uma lista de possíveis nomes, não tenha o nome de uma pessoa mais influente e rica que o seu caso contrário nunca Será Ministro do STF. Mãe, não seria melhor e mais fácil, estudar, assim como se faz para ser juiz?

Pois bem, segundo a Constituição Federal de 1988, para ser ministro do STF a pessoa precisa ter mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, notável saber jurídico e reputação ilibada, regra que não vale para o legislativo, afinal você sabe o que faz um deputado? Quando eu chegar lá eu te aviso. Você sabe o que faz um ministro do STF e de todos os outros tribunais superiores? Com qual autoridade um Ministro pode dar um parecer a respeito de Células Tronco? O que eles fazem é mandar seus assessores e consultar pesquisadores sobre o assunto ver o que tem mais sentido e dar o seu parecer, as obras de transposição do Rio São Francisco foram  retomadas após decisão do STF, mas o que estava em questão, além da questão financeira?, Tinha impacto ambiental, sócio econômico, como ministros julgam essas ações? Eles têm que contratar especialistas para darem seu parecer, consultar seus deputados e senadores como votar, para não contrariar ninguém. Assim como o sistema de cotas, ou ilegalidade de greves, aborto de anencéfalos, ou em pareceres a respeito de legislação de trânsito sendo que esses senhores nem sequer dirigem, têm seus motoristas pagos por nós para conduzirem seus carros blindados, retomando Cowboy fora da lei , caso alguém possa querer assassiná-los .

Qual seria a solução? A meu ver, ter uma cota de cientistas na suprema Corte, que em casos de julgamentos técnicos ou científicos, seriam convocados aleatoriamente, mais ou menos como já ocorre no tribunal do júri, isso mais os ministros políticos, e junto com esses ministros, as vagas seriam ocupadas por desembargadores federais, pois todos já são juízes, são de carreira, por méritos e antiguidade assumiriam o STF. Assim como fazem os índios com seu Pajé, como o antigo conselho de anciãos na antiguidade, que consultam o mais velho, seria mais criterioso, mais competente do que político, não haveria influência de voto, nem troca de favores. Daí muitos tem a seguinte opinião:- mas os ministros que estão lá todos são formados em direito, têm mestrado, doutorado! Puro desperdício, pois para ser ministro não precisa disso, basta ter conhecimento jurídico e reputação ilibada, ou seja, qualquer cidadão pode ser afinal ninguém pode alegar desconhecer a lei, e por que estão ali? Estão todos mal aproveitados, pois poderiam ser grandes cientistas e contribuir para o desenvolvimento do pais, mas não, optaram por ser ministros de tribunal, será que é pelos R$28 mil reais que ali estão?.


Talvez fazer lembrar o Barão de Itararé que saia da “vida pública para entrar na privada” , mas o que acontece no Brasil é o contrário, estão fazendo na vida pública, tudo que fazem na privada, se confunde o público com o privado, a sociedade representada de fato não faz parte da vida política, as decisões dos tribunais são privativas deles. Nunca se falou em abrir caixa preta do judiciário, as barbáries cometidas por esses senhores de toga. Enquanto as decisões forem políticas nos tribunais superiores os poderes jamais  serão independentes e harmônicos entre si, o empresário financia, o senado sabatina, o presidente escolhe, e ministro fica a disposição de quem? Com qual independência? O Sr. Paulo Medina que o diga. Mais uma vez a base está na educação, na compreensão que tudo passa pela escola, que é o principio redentor desse país, onde nossas decisões serem tomadas democraticamente pela verdade, e pela imparcialidade da justiça, assim daria acessibilidades a qualquer cidadão a ser um ministro e possa tomar decisões pelo seu país, pois o tribunais muitas vezes, julgam, legislam e também executam, mas que isso pudesse ser feito por qualquer cidadão que estudou e tem seu mérito para estar ali e quem quiser que fique aqui , pra entrar prá história com vocês!!!

*Vítor Andrade
Profº de História






17 de dez. de 2012

Matemática na prática




*Profº Vítor Andrade

Seguindo as orientações do  Ministério da Educação – MEC, a educação básica passa a ter 9 anos e no 1º ano do ensino fundamental  a criança deve ingressar aos 6 anos de idade. De acordo com a lei 10.172 de 2001 meta a ser atingida segundo  o PNE que diz: “oferecer
maiores oportunidades de aprendizagem no período da escolarização obrigatória e
assegurar que, ingressando mais cedo no sistema de ensino, as crianças prossigam
nos estudos, alcançando maior nível de escolaridade”.

Pais e mestres devem estar atentos essas novas mudanças, principalmente na educação dos anos iniciais, pois alunos não podem avançar na idade e na vida escolar com déficits oriundos de anos anteriores, e matérias que mais apresentam dificuldades são justamente matemática e português, porque segundo o próprio Piaget algumas habilidades ainda não foram desenvolvidas  não podendo se atribuir  à linguagem,a origem da lógica, pois ela constitui o núcleo do pensamento racional. Na prática ensinar as disciplinas puramente pelo simples fato de ensinar, não contribuirá para o desenvolvimento, assimilação e aprendizagem das crianças, pois elas estão com a mentalidade associada a ações práticas.

Se você ensinar o Hino Nacional a uma criança ele pode aprender, simplesmente repetindo o que está sendo ensinado, ou seja, “Meros papagaios”, mas se for ensinar a postura correta, o porquê do Hino, sobre a bandeira, explicando palavras da letra ela despertará interesse, assim em aprender Ciências, Geografia, História. Na língua portuguesa os erros ortográficos são recorrentes, pois muitas vezes elas escrevem como pronunciam as palavras, sendo corriqueiras dificuldades com dígrafos, acentuação, porém tudo será sanado com o tempo. Por falar em Matemática, Eu utilizei métodos matemáticos com uma criança de 6 anos, ou seja no primeiro ano do ensino fundamental assim que começaram as atividades de sistema de medidas,volume e operações.

Para uma criança de 6 anos você pode ensinar matemática  brincando. Use tudo que a imaginação permitir assim como as dicas abaixo:
Para ensinar operações primeiramente eu iniciei com a soma pois para a criança assimila que cada vez que acrescento algo na operação ela aumenta é mais fácil que iniciar com a subtração que dá, de certa forma, uma idéia de perda. Faça um circulo no chão e adquira bolas de gude de cor branca e de cor preta, a brincadeira consiste em distanciar-se  do circulo e fazer com que as bolas  parem dentro, após isso vá fazendo a soma 1bolinha ( no centro do circulo)+1bolinha ( no centro do Circulo) são 2bolinhas, e assim vá aumentando até ela se acostumar com a soma, é legal usar 10 bolinhas pois ela pode utilizar os dedos para fazer somas simples quem colocar mais bolinhas no circulo vence, e os números pares são de maior assimilação.

Para Subtração use o mesmo sistema circulo e bolinhas. Agora todas as bolinhas estão no centro você pode jogar uma vez e a criança outra, marca-se a distância e quem  colocar mais  bolinhas para fora do circulo utilizando outra (maior), vence, daí faz-se o seguinte pergunte a criança: temos 10 bolinhas você pois uma para fora quantas ficaram? Ele pode tirar duas ou mais daí faz-se a operação. Lembrando que ela só pode tirar de uma cor ou de outra (preta ou branca) que ela escolheu.

Pode se também no sistema de medidas utilizar as pipas, peão ou papagaio como queiram, pega-se a linha da pipa e a cada 1 metro  amarre uma fitinha como as da rabiola, quando você for descarregando a linha verá quantos metros ela subiu, e pode-se pedir a criança para contar quantas fitinhas subiram e daí explicar quantos metros. Quando for enrolar a linha faça a conta inversa, digamos que você descarregou 10 metros de linha, portanto tem 10 fitinhas na linha e agora está enrolando para guardar, conte: enrolou 1 fitinha ,ou seja  10-1 igual a 9 e assim até o final.

 E para explicar o sistema métrico você pode utilizar 100 palitinhos ( pode ser de churrasco, lápis ou algo parecido) e mostrará que cada 1( palitinho)  corresponde a 1 centímetro e  a cada  100 centímetros igual 1 metro, Depois da brincadeira faça uma bela limonada, peça a criança para pegar os limões, pega um, pega outro e depois pergunte quantos limões têm, faça continhas do tipo partir um limão ao meio, ou seja metade + metade 1 inteiro, peça a criança para colocar os copos de água dentro do liquidificador  e conte com ela quantos foram, assim como nas medidas de açúcar. Depois de utilizar esses métodos e outros que você criar, vá ao papel e o velho lápis e a ensine no método tradicional e vá lembrando das brincadeiras.

Essas são apenas dicas. Cada pai e cada professor têm seu método, mas tem pais e mestres que não tem nenhum, e aqui as ideias servem apenas para clarear, o interessante é que inventem jogos e compartilhem com os outros, e que essas dicas devem ser feitas por etapas, uma por vez, é necessária também muita, mas muita paciência afinal está lidando com crianças e elas não tem a habilidade dos adultos.

Portanto não as xinguem, não grite, tenha calma você está lidando com o futuro e o futuro a gente trata com carinho e amor, brincando elas começarão a associar a matemática na prática e começarão a perceber que matemática pode ser uma coisa prazerosa, assim como qualquer outra disciplina o que vai fazer a diferença é o método com que está sendo levado até elas, e como elas absorverão o que foi ensinado, as dicas podem parecer bobas mas para uma criança em fase de aprendizagem, elas podem fazer grande diferença, ficam mais interessantes que ensinadas no papel. Os pais devem participar desse processo e não deixar apenas por conta da escola, esses métodos eu utilizei e  deram certo e espero que continuem dando certo por muito tempo.


Profº Vítor Andrade
Professor de História

“Mestre não é aquele que aprendeu a ensinar, mas aquele que ensina a aprender.”

Marcelo Soriano



15 de dez. de 2012

DISCURSO SOCIAL DA DEFICIÊNCIA



Segundo dados da própria Organização Mundial de Saúde deficiência seria definida por:  Uma deficiência é qualquer perda ou anormalidade da estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica। .… A deficiência representa a exteriorização de um estado patológico e, em princípio, reflete distúrbios no nível do órgão। A pessoa também pode passar pelo problema da incapacidade definida como: Uma incapacidade é qualquer restrição ou falta de habilidade (resultante de uma deficiência) para realizar uma atividade da maneira ou no âmbito considerado normal para um ser humano…A incapacidade representa a objetivação de uma deficiência e como tal reflete distúrbios no nível da pessoa। Ou ainda a desvantagem Uma desvantagem para um dado indivíduo, resultado de uma incapacidade ou deficiência, limita ou previne o cumprimento de um papel que é normal para esse indivíduo (dependendo da idade, do sexo, e dos fatores sociais e culturais). A desvantagem refere-se ao valor atribuído à situação ou experiência individual, quando sai do normal. Caracteriza-se por uma discordância entre o desempenho ou status individual e a expectativa do próprio indivíduo ou do grupo do qual é membro. A desvantagem representa pois a socialização de uma incapacidade ou deficiência e, como tal, reflete as conseqüências para o indivíduo – culturais, econômicas e ambientais – que decorrem da presença da incapacidade ou deficiência.

A organização mundial de saúde definiu muito bem os níveis de limitação pessoal de cada individuo pela necessita de e atenção especial definindo alguma limitação física, no Brasil existe legislação especifica para tratar de tal assunto presente no decreto 3298/99 que se intitula estatuto da pessoa com deficiência física, ao qual garante direitos, deveres, e a maneira como as pessoas devem tratar os indivíduos que dependem de cuidados especiais, como processo de inclusão social, enfim qualquer pessoa que necessite de cuidados especiais seja temporário ou permanente está assegurado pelo Estado e seus direitos serão respeitados.

É função do Estado de todos os indivíduos praticarem o estudo e fazer com que seja assegurada as pessoas com limitações acesso a todos os artigos previstos em nossa Carta Magna de 1988, mas o que fica em discussão é o preconceito e o conflito moral do tema, a questão do preconceito, da acessibilidade, e a maneira de tratar essas pessoas que possuem alguma limitação, para que não sejam excluídas do convívio social.
  Na Roma antiga havia a lei das 12 tábuas que autorizava a pessoa a matar o filho que nascesse com deficiência física, para os Hebreus um filho com deficiência era fruto do pecado, e os espartanos os “dispensavam” do alto dos montes, enfim eram atitudes que não devem aqui ser tidas como preconceitos apenas era a lei vigente na época, por fim a nossa constituição de 1988 assegura que não deve haver distinção de salários de, ou qualquer meio de isolamento ou individualização de qualquer pessoa, existe por exemplo do Brasil a lei de cotas: ( lei 8212/91)

Art. 93 - a empresa com 100 ou mais funcionários está obrigada a preencher de dois a cinco por cento dos seus cargos com beneficiários reabilitados, ou pessoas portadoras de deficiência, na seguinte proporção:
- até 200 funcionários.................. 2%
- de 201 a 500 funcionários........... 3%
- de 501 a 1000 funcionários......... 4%
- de 1001 em diante funcionários... 5%



Até mesmo os concursos públicos já destinam 5 % das vagas a portadores de deficiência física, tudo isso na tentativa de não fazer dos problemas que a pessoa possui uma doença social , ou uma barreira social, é tudo uma questão de conscientização, e o Estado deve ser o primeiro a dar exemplo e combater o preconceito। Mas será mesmo?

Agência do Banco do Brasil em Ceilândia, população de 600.000 habitantes aproximadamente:

codições da rampa de acesso:








Os Caixas eletrônicos possuem a faixa que dá acessibilidade aos deficientes visuais mas não há caixas com altura para acessibilidade a cadeirantes:




O que dizer então do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, existem ficheiros ou calçada para cegos chamadas de piso tátil de alerta ou acesso, o correto para saber o tamanho certo da rampa é multiplicar a altura do meio fio por 12, mesmo assim será que está sendo cumprido vejamos:









Existem 3 alturas diferentes para as rampas de acesso. 1ª rampa, em seguidas a 2ª e a terceira rampa, com dimensões diferentes.

Percebemos também que a faixa de pedestre só possui uma rampa de acessibilidade, e que também não há sonorizador para deficientes visuais:



A faixa possui irregularmente uma "rampa" para deficientes, mas do outro lado não possui nada.


O Sonorizador e a iluminação não funcionam, e a placa em péssimo estado de conservação.

Além disso temos o problema do Próprio estacionamento onde existe vaga para cadeirantes não possui rampa de acesso :




Sem faixa para deficiente visual.



Podemos perceber, a maior barreira enfrentada pela pessoa que necessita de cuidados especiais é o preconceito e a falta de acessibilidade aqui foram colocados dois locais que deveriam sim ter acesso garantidos, onde as pessoas buscam resolver assuntos práticos do dia a dia, se em um tribunal de justiça existem essas práticas, o que me dirá de danceterias, de boates, estádios de futebol? uma lanchonete? os próprios motéis não tem nehuma adaptação para pessoas com limitações.


A barreira social de socialização ainda é o mais grave problema de pessoas que possuem alguma limitação seja temporária seja permanente, e o próprio Estado descumpre as leis, por isso acredito que as leis devem ser debatidas nas escolas desde o nível básico, fundamental e médio da vida escolar, a fim de conseguirmos ter uma sociedade Justa e Perfeita,.e isso só se faz nas cadeiras escolares, nas academias não vejo outro jeito, outra maneira de se mudar esse quadro se não for motivados pela educação,no próprio local onde a pessoa pode manifestar seu direito ou buscá-lo que é o Tribunal de Justiça ela não tem acessibilidade imagine outros locais de lazer ou de simples passeio, outro grave problema é a gente pensar que um problema da deficiência só acontece com os outros, ou só vai acontecer com os outros, ou que como o não possuo limitação isso não é problema meu, mas é problema de todos nós.





1 de dez. de 2012

Como está chegando o período de rematrículas escolares, ou a hora de escolher uma nova escola para os filhos resolvi postar este artigo, espero que seja de grande valia para pais, alunos e mestres. Abração.


                                                                  O primeiro dia de aula




Falar sobre o primeiro dia de aula de uma criança muda bastante quando você é pai, e outra quando você é professor, mas quando você está envolvido nas duas situações, pela lógica, seria mais fácil entender o processo, mas não é tão simples, existem várias circunstâncias que nos obriga a separar um do o outro.



Com o ingresso da mulher no mercado de trabalho, seja para aumentar a renda familiar, seja pela mudança do perfil das famílias, observado pelo aumento de lares chefiados por mulheres, os pais são obrigados a colocar os pequenos cada vez mais cedo na escola.



As que mais sofrem com esta situação são as mães, pois elas além de carregarem as crianças por nove meses em seu ventre têm a licença maternidade, ou seja, elas estão juntas das crianças por mais de um ano, e o fato de colocar o filho na escola é uma barreira que as separa. O processo pode ser muito dolorido. Mas é preciso se preparar para esse momento, o que pode acontecer com meses de idade, ou com anos de idade, é preciso ter a consciência que mais cedo ou mais tarde pais e filhos terão que passar por esta situação.



A primeira preocupação dos pais é saber se a criança vai se adaptar, depois se elas vão sofrer com a distância. Choros de ambos os lados é absolutamente normal, talvez não muito saudável se for prolongado por dias, mas ocorre. È comum ligar na escola para saber se está tudo bem, mas não pode virar uma constante. Algumas dicas podem ser consideradas para quem vai passar pelo primeiro dia na escola dos filhos.



Importante frisar que seu filho é uma criança como você foi, ou seja, você também teve seu primeiro dia e você conseguiu superar, talvez possa ter ocorrido algum fato anormal, mas seu filho também superará, portanto faça exercícios com seu filho antes dele encarar a vida escolar, leia junto com ele, e faça perguntas do tipo: - Você está entendendo? Se a respostar for: - sim, então pergunte algum fato ocorrido no texto, pois é muito comum eles se distraírem, divida o livro em capítulos no primeiro dia fale sobre o que será lido, no segundo dia o capítulo 2, no terceiro o 3 e assim sucessivamente, até o fim do livro, assim ele terá gosto pela leitura, aí pode ser falado que na escola ele terá muitos momentos de leitura.



Os pais podem fazer os famosos “pic nic’s”, pois elas adoram, e falar que na escola terão muitos momentos iguais a esse, levar á parquinhos de areia onde existem várias crianças assim ela verá com sua ajuda que na escola também é freqüente esses momentos. É bom, mas deve-se ter cuidado levar os filhos para fazerem as compras de alguns materiais escolares, de preferência os mais simples, pois artigos como mochilas, podem sair caros, pois eles analisam os personagens, os ídolos e não a qualidade do produto como fazem os pais, assim elas poderão apagar um pouco a barreira que separa ela dos pais na escola, é importante levar ela para conhecer a escola antes de iniciar as aulas, e também se possível já conhecer professores e funcionários, o primeiro contato é bom para pais, alunos, e para escola.



Se pais optarem por transporte escolar pesquise a habilitação do condutor ou da empresa, veja se existem multas de excesso de velocidade, se a pessoa é habilitada para transportar estudantes, se todos vão sentados e com cinto, verifique também a segurança da escola e da qualificação dos funcionários.



Existem escolas que permitem a presença dos pais nas dependências nos primeiros dias, se a escola permitir e você puder ficar fique, mas se não puder deixe sua criança com os profissionais e vá embora, e nada de levar os filhos até a porta da sala, faça isso, caso seja permitido, no primeiro dia, após isso deixe-o na porta da escola, pois os professores e a escola está preparada para recebê-los, afinal você já foi a escola e matriculou seu filho lá então você deve ter total confiança.



Nada de ficar andando, às vezes até escondido da escola, nos corredores, ou deixando em sala material esquecido, ou coisas do tipo, caso ocorra deixe na direção ou na coordenação da escola, e lá os profissionais entregarão, e nada de celular em sala de aula, e não ligue para seu filho, mesmo que seja urgente, para isso tem o telefone da escola, e se for realmente necessário a escola transmitirá o aviso ( isso vale para qualquer idade).



Exemplos de coisas que podem acontecer na escola e que os pais têm que estar preparados: cair de um brinquedo no parquinho, ganhar mordidas de algum coleguinha, brigas, desentendimento entre as crianças. De qualquer forma, todo ocorrido deve ser conversado com os professores e equipe pedagógica. Lembrando que seu filho não é melhor nem pior que ninguém, e o respeito deve ser trabalhado com eles, e caso ocorra alguma coisa com a criança, é importante lembrar que poderia ter ocorrido com qualquer outro aluno, e tudo deve ser resolvido entre coordenação/direção e pais.



Pronto! Está finalizado o processo, o que resta agora é observar o comportamento de seu filho, ficar atento a eventuais mudanças de comportamento, os primeiros dias são normais o cansaço e elas dormirem cedo, mas após uma semana, dez dias, faça o dever de casa junto com ela ( qualquer idade), estimule com brinquedos pedagógicos, se possível com músicas, ou montagem de “lego”, quebra-cabeça, jogos da memória( para os menores), a esta altura ela já está acompanhando aquele livro que foi falado no inicio do texto pelo menos na metade, dentro do contexto surgirão palavras desconhecidas, assim elucide o significado.



Essas dicas eu utilizei no processo educacional de minha filha, e alguns pontos utilizo até hoje, e funcionaram perfeitamente bem, as crianças devem ser seguras, e isso vem dos pais, a maturidade elas atingirão através de incentivo nas tomadas de decisões, e os pais são fundamentais, aqui utilizo padrões de crianças que tem os pais juntos ou separados, de classe “D” até classe “A”, e todos os pontos podem se adaptados as mais diversas realidades, além de não atrapalhar o funcionamento da escola, contribuem para um bom aprendizado e uma boa conduta da escola. Com estimulo, com perseverança e dedicação teremos excelentes alunos, excelentes professores, e um relacionamento muito bom entre ambos, assim podemos por no prumo nossa sociedade, sendo conduzida de maneira Justa e Perfeita, pois o primeiro dia na escola é o primeiro passo de uma grande caminhada.







* Vítor Andrade

Professor de História

Diretor do Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares do DF.

Diretor da CUT-DF.