12 de ago. de 2008

Contos pitorescos

O Driblador


É logo de manhã que acordo repleto de nostalgia, devido ao fato de correr até a parada de ônibus, e rever alguns amigos que assim como eu, também estão na parada de ônibus, para irem ao trabalho, hoje é tudo bem menos engraçado do nos tempos de infância e colégio, por que quando estudávamos , eu era o pior de todos no futebol, não driblava ninguém, mas isso mudou muito ao longo dos anos assim que comecei a trabalhar.
Todos os dias procuro aperfeiçoar-me,e tento bater meus recordes, quando chego por volta de 07:00 da manhã na parada fico na expectativa: qual ônibus pegar primeiro? Lotação, nem pensar, não tem graça, as pessoas vão geralmente sentadas e as que vão em pé geralmente, já vão para o fundo da lotação e daí a gente que entra por último fica por ali mesmo, e quando passa um ônibus vazio nem olho o interessante é ônibus cheio.
Hoje mesmo bati meu recorde, passou o ônibus da linha de número 15 que vem do Setor “O”, esse é o meu favorito, ele vem cheio ao ponto de colocar os passageiros no pára – brisas, o primeiro passo do recorde foi logo antes de entrar no ônibus, passei por entre duas senhoras, o senhor que vende café da manhã na parada, o menino que vende amendoim naquelas latas de tinta bem quentes, driblei todos sem esbarrar em ninguém, o que já foi o máximo.
Eu gosto mesmo é de aventuras , gosto de ônibus bem cheio onde posso me aperfeiçoar e bater meus recordes, ônibus vazio não tem graça, é tudo muito frio, as pessoas sentam distantes umas das outras, no ônibus cheio não, vão todas indignadas umas coladinhas nas outras, quando eu consigo entrar no ônibus logo dizendo: Bom dia ! e o motorista não responde, já é o primeiro drible, o da falta de educação, e entre licenças e conlicenças logo consigo chegar a roleta, que por sinal hoje passei por ela sem se quer encostar no ferro que fica localizado logo ao lado da roleta, nas sexta-feiras é o pior dia , acho que deve ser por que as pessoas estão mais magras, por causa da semana de trabalho, por que dia de segunda – feira é maravilhoso, as pessoas comem aqueles churrascos deliciosos, quebram a dieta e chegam mais gordas nos ônibus, tem gente que gosta de pessoas magras eu não, eu gosta das gordas por que aumentam meu grau de dificuldade, por exemplo a dona Helena com aquelas batatas bem gordas(espero que ela não se zangue quando ler isso), aumenta o grau de dificuldade de drible dentro do coletivo, isso sem contar que meu recorde é 43 minutos entre o motorista e a porta traseira.
Interessantíssimo é o “Seu Cezinha” como é chamado, ele tem 32 anos de serviço público e vive reclamando dos ônibus mas eu não acho que ele reclama por mal, muito pelo contrário, eu acho que ele até gosta, por que com 32 anos pegando o mesmo ônibus já podia ter comprado um carro, “Seu Cezinha” me contou outro dia, que quando começou a trabalhar o órgão em que trabalha, oferecia ônibus aos funcionários, mas isso devia ser muito sem graça, por que não havia tanta gente, o assunto era sempre o mesmo,e não ia ninguém em pé, viu ? muito sem graça, o que seria de mim sem meus dribles diários ? Entre uma poltrona e outra é muito interessante os assuntos, e eu como observador presto atenção em todas as conversas, é o vilão da novela que vai matar o mocinho, o time que vai pra segunda divisão é falta de reajuste para os servidores , enfim os mais variados temas possíveis, têm pessoas que lêem Shakespere, outras material de concurso, jornal de Igreja evangélica, outros são mais carismáticos e preferem rezar o terço, se bem que podiam começar a rezar o rosário, por que pela demora até chegar ao trabalho dá pra rezar uns 10 terços, tens os que babam nos outros, têm os universitários que entram cheios de bolsas e reclamam dos dribles, pois eu acho que semana que vem vou vir de bolsa também,para melhorar o drible, apesar que facilitaria se as pessoas pedissem para levar as bolsas, tem pessoas no ônibus que até parecem um “Guarda-volume” de tantas bolsas que levam, enquanto uns não estão nem aí, assim como o motorista da linha 25 que não pára aos deficientes físicos, já motorista da linha 15 é muito bom ele sai driblando todos os carros quando é possível,mas só quando é possível mesmo, por que o trânsito nunca anda, e torna-se muito mais interessante à viagem quando estamos perto do fim, pois geralmente as cordinhas que dão o sinal de parada ficam até a metade do ônibus e daí é um drible que nem sempre dá certo, por que daí a gente tem que pedir para que outra pessoa apertar a cordinha prá gente, mas muitas vezes não adianta por que o motorista sempre acaba passando da parada mesmo.
A alas dos intelectuais falam que o transporte não presta,e que é sempre cheio, eles falam isso por que não sabem driblar, e falam até que o governador tem que sair, eu defendo que não, o governador tem que ficar, já pensou se troca de governador e o próximo resolver por ônibus novo, e começa disponibilizar vários ônibus, daí está tudo perdido as pessoas vão começar a irem sentadas e não mais terão assunto nem do que reclamar, e agora sim, será o fim dos dribles.
Mas nada como um dia após o outro. caramba ! Eu desço daqui a quatro paradas, e ainda não cheguei ao fundo do ônibus, é melhor eu guardar o resto das emoções para o horário da tarde, onde virão mais pessoas e mais emoções para passar, viu fiquei de conversa e minha parada passou, vou ter que andar mais três quadras, até chegar ao trabalho.fui!!!!!!!!!!!.

Dia 11 de Agosto de 1781 Nascia Joaquim Gonçalves Ledo

Há exatos 227 anos nascia no Rio de Janeiro o jornalista e politico brasileiro Joaquim Gonçalves Ledo. Joaquim Gonçalves Ledo ao contrário do que muitos sabem, foi o brasileiro de maior importância no processo de emancipação politica do Brasil, apesar de muitos considerarem José Bonifácio como o patriarca da Independência brasilieira., Entre sua ações em prol da independência brasileira ao lado do Conêgo Januário da Cunha Barbosa lançou o "Reverbero Constitucional" jornal de tendência libertária que demonstrava a forte inclinação de Ledo para a emancipação do Brasil, e também para um despertar de nacionalidade do país. Iniciado no curso de medicina em Coimbra onde não chegou a conclui-lo, retornou ao Brasil influênciado por todo momento politico que se vivia na epóca com as ideias liberais que implusionaram a revolução francesa, que ainda era fervescente na epóca. É também onde foi iniciado na Maçonaria, onde no Brasil seria um dos fundadores do Grande Oriente do Brasil, sendo eleito o seu primeiro Grande Vigilante,e fundador da Loja Comércio e Artes.Trabalhou como escriturário na contadoria dos Arsenais do Exército do Reino Unido de Portugal Brasil e Algarves Ledo ao lado de Joaquim José da Rocha, foi o autor do famoso dia do "FICO" em 09 de janeiro de 1822, e também a defesa do titulo de "Defensor perpetuo do Brasil" a D. Pedro I. Por sua rivalidade ao Grupo de José Bonifácio, foi processado e cassado, tendo que fugir do Brasil no ano de 1822, logo após a proclamação da Independência que ele tanto havia lutado, mas com a queda dos Andradas em 1823 volta ao Brasil e reassume a cadeira de deputado que haiva deixado vazia. Permaneceu na câmara até 1834, e vindo a falecer em 19 de Maio dede 1847. Não cabe ao historiador julgar a história nem os fatos, mas sim descrever, examinar e explica-los com imparcialidade, com fundamentação e em basamento cientifico, para se fazer justiça, como é o caso do Grande Joaquim Gonçalves Ledo, que foi tão importante no processo emancipador e que a história o faz injustiça ao pouco cita-lo.