7 de abr. de 2013

Por um futuro de qualidade

                                                                                                                            *Vítor Andrade




Surge nos anos 90 um programa de rádio que fazia paródias, brincadeiras, trotes com pessoas conhecidas e desconhecidas e nos deixou em “pânico”, mas que logo nos anos 2000 passou a aparecer na televisão e tomou conta do país, e quando falo isso incluo todos, inclusive crianças e adolescentes, deixando pais, mestres e a sociedade civil em “pânico”.

O grande fator de risco nesta situação é que apesar programa ser para maiores de 14 anos, crianças de 10, 12 anos assistem, muitas vezes com a permissão dos pais, o problemas é que pais não sabem a gravidade do programa para formação social do seu filho, o programa debocha com pessoas que possuem certos DI(Déficit Intelectual), PNE´s (Portadores de Necessidades Especiais), dentre outro problemas, o programa incentiva o “bullyng” com nomes e apelidos indigestos, e fazem com que os jovens reproduzam tais táticas na rua e na escola. Os movimentos sociais organizados lutam tanto por mais respeito às mulheres, e o programa as trata como mero objeto, ou pior mostra com a “miss da beleza interior” que o fato de não terem o corpo da dançarinas do programa as descarta de alguns meios sociais, dentre outros.

Se as influências da mídia e dos astros da TV influenciam os adultos, imaginem os adolescentes, quando vêm um apresentador do programa sentar em um formigueiro, tomar choque ou apanhar em brincadeiras que são verdadeiras torturas, e ver outro apresentador simplesmente rindo, pode-se falar, mas é autorizado, o problema é que a reprodução não é, na escola alunos e nas ruas, esses jovens acham que podem fazer, e não adianta colocar o aviso: Não repitam isso em casa, eles vão fazer, e agrava mais ainda quando não é em casa. A TV já perdeu a qualidade faz tempo, não deixe a família e a educação acabarem, não se pode deixar um programa como este ser transmitido aos domingos às 20:00, quem quiser ver que pague a TV fechada para assistir, com senha de bloqueio, pois estamos lidando com situações complicadas na escola, muitos palavrões, falta de respeito, intolerância, agressões físicas, brincadeiras de mal gosto, o próprio bullyng, já se questiona o trote nas faculdades por que as vezes exageram na dose e acabam deturpando o objetivo principal, professores estão em pânico com o rumo da educação neste país.



Portanto pais, alunos e mestres, não se deixem levar por programas como este que deturpam o conceito de educação, de família, que questionam a capacidade intelectual do Ser Humano, um programa maldoso, aproveitador, sexista, preconceituoso, que trás a idéia de um mundo de fantasias, de que tudo é brincadeira, claro que não é apenas o programa que traz essas alusões, isso temos na internet, e em outros meios, mas a preocupação é a escola e um futuro melhor que podemos ter, o Pânico está para o BBB numa lógica diretamente proporcional, e muito pior pois é constante, portanto precisamos de educação, cultura de famílias e não pessoas que dividem o mesmo teto, dialogo, a comunidade escolar e o futuro do Brasil agradecem.


Vítor Andrade é professor de História
Pós Graduado em História da Maçonaria
Diretor do SINPROEP-DF