28 de dez. de 2011

O que Deixaremos para 2012

*Vítor Andrade



Depois, de tantas histórias que eu já ouvi que o mundo vai acabar em 2012, logo pensei que triste o fim da humanidade, e o Brasil? Estamos deixando um país que não valoriza o professor e nem aos profissionais em educação, um pais que produz muito, gera renda e riqueza, mas não distribui, fica concentrado nas mãos das elites, somos o 6º potência do mundo, mas a população ainda não sentiu esse crescimento.




O Brasil vai rumo ao fim da humanidade com 16 milhões de analfabetos, e 26% da população vivem abaixo do nível da pobreza, isso sem levar em conta os que vivem na pobreza absoluta, é a 6ª potência do mundo e a melhor universidade brasileira classificada no ranking mundial é UsP que ficou em 178º, atrás de Universidades como de Jerusalém e Singapura, vamos deixar para 2012 um país que ainda multa o motorista que não usa cinto de segurança, aí engloba dois fatores, o motorista deveria ter consciência o bastante de usar, e outra que ele está pondo a sua vida em risco e o problema é dele, e isso não é papel do Estado.




Deixaremos para resolver em 2012 o problema do professor de educação infantil com uma hora aula no valor de 6,13, com 40 horas semanais, recebendo no máximo R$ 540,00, o que mal dar para seu sustento, e para sua especialização, o profissional que trabalha na base, na formação no primeiro contato do aluno com a escola. Deixaremos para resolver em 2012 um país que tem estimativa de gastar 5 bilhões em Copa do Mundo, e para educação 7% do PIB, que em 2011 foi de 1, 881 milhões, isso distribuído para 180 mil escolas da educação básica, 2 milhões de professores, e no ensino superior 340 mil docentes para 120 instituições públicas segundo o IPEA, ou seja os números não são suficientes.




Segundo o IBGE ainda temos uma taxa de 21,17% de mortalidade infantil no Brasil, ainda é um número muito elevado para um país que é a 6ª maior potência do mundo, os maiores fatores são pobreza, falta de políticas públicas que aí englobam a educação, e a falta de informação, estamos prestes a comemorar 512 anos de “descobrimento” e as coisas só vêm piorando, a falta de formação descente para nosso povo está sendo colhida agora, ainda vêm alguns economistas comemorarem avanços econômicos, isso é o mínimo que o governo deve fazer, estamos a mercê de muitos problemas, a falta de saneamento básico no Brasil é de 32% da população, ou seja o país gera riqueza e não distribui, o Brasil tem em média 137 homicídios por dia, ficando muito perto dos números de mortos em guerras como por exemplo a guerra do Iraque.



Essa talvez seja uma triste retrospectiva de 2011, ou melhor, de raio-X da sociedade, mas uma sociedade que não valoriza a educação está condenada ao fracasso, ao contrário de países como Japão e Coréia do Sul que foram reconstruídos após guerras,e que enxergaram na educação a saída para a maioria de seus problemas, quando a população parar de reclamar do Estado e começar a agir as coisas irão se ajeitar, reclamar é um ponto de fuga, espero que parlamentares não acreditem no fim do mundo para 2012, pois irão sugar os cofres público em um ano, espero que as pessoas não esperem o fim do mundo para reagirem em relação ao meio ambiente, a educação, a segurança,a prudência no trânsito e ao coletivo ao invés do individualismo, que possamos pular o carnaval de verdade, para comemorarmos o fim do racismo,da homofobia, da corrupção, das crianças de rua,para deixarmos uma sociedade Justa e Perfeita para as gerações futuras, onde seremos lembrados pelo bom exemplo e boas ações.






Vítor Andrade


Professor de História

25 de dez. de 2011

O SINPROEP filia-se a CUT Brasil




O Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares do Distrito Federal, SINPROEP-DF, realizou sua assembléia de filiação a Central Única dos Trabalhadores,CUT, neste último sábado dia 17/12, no auditório do SINPRO-DF, onde também, foi apresentado o projeto e o andamento, de mais uma conquista de 2011, o direito a Moradia, foi apresentado também aos filiados a nova Sede do SINPROEP localizada no SIG, em 2011 foram muitas conquistas não conseguimos realizar todos os nossos desejos, mas lutamos muito para que nossos sonhos fossem realizados, o que nos inspira para que 2012, tenhamos mais conquistas.

Mas qual a real importância de nos filiarmos a CUT? Essa foi uma indagação de muitos. Um sindicato já e uma filial política por natureza, que surge lá na Idade Média, com os Pedreiros –Livres, ou corporações de oficio, que se organizavam e se protegiam e socorriam-se mutuamente, na verdade seria um primeiro esboço de um sindicato, mas servia para representar seus associados, o sindicato pode ser de caráter profissional ou também patronal e empresarial, apesar de alguns historiadores defenderem que associações parecidas já existiam na China, ou no extremo Oriente, mas prefiro me apegar ao conceito mais “moderno”.

Durante o Século das Luzes na Europa, surgem instituições de socorro aos associados, principalmente trabalhadores fabris as famosas trade unions, o que viria principalmente na Inglaterra contribuir para que na Revolução Industrial , as idéias liberais e o cunho capitalista tivesse menos força, com uma ideologia Social e política dos Sindicatos, ou seja o Sindicato é o fator de consciência política e Social, buscando intervir na lógica da Luta de Classes.

As primeiras Manifestações de Sindicato no Brasil, Surgem ainda no Século XVIII no Rio de Janeiro e Salvador. No inicio dos anos 80 surgem a Central única dos Trabalhadores – CUT, Sindicalismo classista e de massas, combativo. Classista porque não reduz o trabalhador a um vendedor da força de trabalho, ainda que parta desta condição imposta pelas relações capitalistas de trabalho para desenvolver sua ação sindical.

O Sindicato pode ser de Natureza de Direito público ou privado, regida por estatutos, A estrutura sindical brasileira é feita em um sistema confederativo, ou seja, em três níveis, com o sindicato na sua base, a federação em grau intermediário e a confederação em grau superior aos demais. As centrais Sindicais tem respaldo constitucional elas são associações civis, previstas nos incisos XVII e XXI, do art. 5º, da Constituição Federal, podendo, inclusive, impetrar mandado de segurança coletivo, nos termos do inciso LXX, alínea b, do mesmo dispositivo constitucional.



Portanto meus amigos, não querendo desmerecer o trabalho da CTB, mas vivemos em um momento político que há mais viabilidade política na CUT, seja pela sua atuação em caráter nacional e no DF, seja por sua história, assim acredito na força de todos que compõem o sindicato não estamos indo para outra central para sermos apenas números, mas sim para atuarmos de maneira Justa e Perfeita, fazendo valer e representar, cada sindicalizado e cada professor que ainda não é, é assim que se constrói um povo, com luta, com garra, com objetivo de não desistir nunca e como Dizia no saudoso Operário Brasileiro Everardo Dias:

“Lutar? Por que, para que?
Sempre tem porque e para que lutar os que fazem da vida uma
afirmação e colocam o porvir do homem na Terra”



Um fraternal Abraço

Professor Vítor Andrade.’.

Fotos da Assembléia de 17/12/2011


















11 de dez. de 2011

Dia 11 de Dezembro dia do Engenheiro




*Vítor Andrade

O dia 11 de dezembro foi escolhido para ser o dia do Engenheiro e do Arquiteto porque nesse dia, no ano de 1933, foi promulgado o Decreto Federal 23.569 que regulou o exercício das profissões de engenheiro, arquiteto e agrimensor.
Se observarmos o meio que nos cerca, veremos a interferência desses profissionais por toda parte: desde a nossa habitação com o seu conforto, sua higiene, a energia consumida, até os sistemas de comunicação mais sofisticados.

A Engenharia nasceu com a necessidade de proteger as cidades e suas populações de ataques por outras tribos. Depois, surgiu a necessidade de deslocar tropas para o combate e construir estradas, pontes, etc. Paralelamente a isso, também já se desenvolvia construção de embarcações e de armas e artefatos de guerra, tudo requerendo mais tecnologia que os seus similares para atender aos trabalhos do dia a dia, como moradia, agricultura, etc, porque envolvia disputa e, já naquela época, vencia quem tinha mais tecnologia. Como se pode concluir, a Engenharia nasceu para suprir necessidades de combate, seja defesa ou ataque, como uma atividade militar. A primeira tropa de Engenharia mais organizada foi a do Exército romano, denominadas "fabri" ( do latim fabricare). Tinham treinamento especializado em locais específicos que hoje seriam consideradas escolas, e deixaram obras como estradas, pontes, fortificações por toda a Europa, muitas ainda existentes. Leonardo da Vinci e Galileu fizeram muitos projetos com finalidades militares. Uma curiosidade, o compasso, inventado por Galileu nasceu como um instrumento militar.


O advento da pólvora e a invenção do canhão, deu novo impulso à Engenharia, que teve de adaptar sua fortificações para fazer face ao poder das novas armas. As primeiras obras de Engenharia que se tem notícia na História da Humanidade datam de 8000 AC, portanto há mais de 10000 anos, e foi a fortificação da cidade de Jericó, mas encontramos também na mesopotâmia antiga obra de engenharia, de irrigação, desvio de rios, próximas ao rio Nilo por exemplo, assim com o barragens, na tentativa de produzir alimentos para épocas de estiagem, isso se levando em consideração a idade antiga.


Com a evolução do pensamento na idade média, foram principalmente os engenheiros responsáveis pela construção de templos e Igrejas, financiados principalmente pela Igreja católica, com a ajuda também da Maçonaria . A partir do Século VI, as associações monásticas de construtores controlavam o segredo e a arte de construir. Nesse momento da História, ocorriam às invasões dos povos bárbaros na Europa, ocasionando, freqüentemente, mortes, saques, e guerras, e assim arquitetos e artistas encontravam-se seguros nos conventos ou próximos a eles. Mas já no século X, houve uma necessidade de expansão por parte da Igreja, esses frades construtores passaram a treinar e preparar leigos para os serviços, formando as Confrarias Leigas e, por terem aprendido a arte de construir com frades, davam um cunho religioso ao trabalho.
No Século XII, surgem associações simplesmente religiosas que formavam corpos profissionais, denominadas: Guildas. As Guildas têm origem no nome Gild, de origem teutônica, utilizado na região da Escandinávia.


Um ágape religioso durante a qual, numa cerimônia especial, eram despojados 3 copos de chifre (chavelhos), conforme o uso da época, cheios de cerveja, sendo um em homenagem aos deuses, outro, pelos antigos heróis, e o último homenagem a parentes e a memória de amigos mortos, e ao final da cerimônia, todos os participantes juravam defender uns aos outros, como irmãos, socorrendo-se mutuamente em momentos difíceis.


Essas Guildas defendiam que entre seus membros deveria haver auxilio mútuo e atuação por reformas sociais e políticas, após as reuniões eram comuns os banquetes. Com a Chegada das Guildas na Inglaterra, introduzida por reis de origem saxônica, estas sofreram modificações, influenciadas, principalmente, pelo Cristianismo, porém a Igreja não os reconhecia, sobre tudo por suas idéias de reformas políticas e sociais, vistas pela Igreja como uma ameaça, sem contar as acusações de praticas pagãs por parte de seus membros. Devido essas acusações, as incorporações se organizavam sob a proteção de um Monarca ou adotavam o nome de um santo protetor.
Surgem desta forma os Ofícios Francos, que levariam mais tarde o nome de Franco-Maçonaria, ou seja, Pedreiros – Livres. Eram Livres, pois se organizavam por categorias, e não contribuíam com impostos feudais e eclesiásticos, eram chamados de Franc-maçons na França e Freemasons na Inglaterra.. As Guildas dariam origens às Lojas. Na arte de construção de Igrejas e palácios, ao lado construíam-se as lojas, que eram locais onde se discutiam as coordenadas de Obras, assim esses obreiros, instruíam uns aos outros na arte de construir. As Lojas eram compostas por três classes: Aprendiz, Companheiro e Mestre.. Esses obreiros comprometiam-se a não revelar o segredo das construções, e nas lojas só participariam pedreiros, e quem viesse a participar da loja, seria iniciado e aprenderiam o oficio de construir (aprendiz), sempre instruídos pelo Mestre. Por toda a Europa construíram igrejas, templos e palácios.



Em 1539 o rei Francês Francisco I, tirava dos pedreiros livres os direitos e privilégios que eles tinham, abolindo Guildas, Lojas e Fraternidades, regulamentando as corporações de artesãos. No século XVI com o surgimento da Renascença, o estilo gótico foi abolido, era o período em que os renascentistas reviveriam as artes Greco-romanas, mas esse estilo conheceria o oficio de todas as corporações profissionais, os Francos-Maçons foram seriamente afetados, transformando-se em uma sociedade de..auxilio..mútuo¹


Mas foi na França que a Engenharia moderna começou a surgir com a primeira escola de Engenharia do mundo (École Nationale des Ponts et Chaussés - 1747), também militar, e depois a École Polytechnique (1795). Algumas outras menores como a École Royal du Génie, de Mezieres (1749), École Natonale Supérieure de Mines, precussora da Engenharia de Minas, também surgiram. Uma curiosidade, é a relação entre os termos "mina" para explorar minerais (carvão, ouro, etc) com "mina" artefato de guerra. Um deriva do outro porque École de Mines preparava tropas de Engenharia para escavar túneis por baixo das muralhas de fortificações e colocar explosivos para demoli-las e facilitar o ataque das tropas.



Grandes matemáticos foram Engenheiros Militares de Napoleão, tais como Gaspard Monge (criou a geometria descritiva a partir de um problema de fortificações que foi segredo militar durante 15 anos na França), Lagrange, Laplace, Fourier, Poncelet, Cauchy, Carnot, dentre outros.

Quase todo o mundo seguiu a tendência francesa, inclusive Portugal que criou a sua primeira Escola de Engenharia, a Real Academia de artilharia, Fortificação e Desenho, primeiro em Portugal, e depois no Brasil colônia em 1792, primeira escola de Engenharia das Américas, que deu origem ao Instituto Militar de Engenharia, a Escola Politécnica da UFRJ e a Academia Militar das Agulhas Negras. A segunda foi a Academia Militar de West Point, nos Estados Unidos, em 1802. O Real Corpo de Engenheiros de Portugal deu origem ao Corpo de Engenheiros do Exército Brasileiro que existiu até 1908. Vários Engenheiros famosos passaram por ele mas destaco o nome de André ***** Rebouças, herói da Guerra do Paraguai (Tenente do Corpo de Engenheiros), depois um grande professor da Escola Politécnica, considerado o primeiro Engenheiro não branco do mundo, formado pelo Exército Brasileiro, juntamente com mais dois irmãos, em 1860, ainda na época da escravatura².




O termo Engenheiro, naquela época, era definido pelos dicionários, como "oficial que sabe arquitetura militar e dirige os trabalhos para o ataque e defesa de praças". O termo Engenheiro Civil surgiu apenas no século XVIII, criado pelo inglês John Smeaton, um dos criadores do cimento Portland, para diferenciar uma nova categoria de Engenheiros que não era militar. Os profissionais que faziam construções em geral, não militares, sem nenhuma base teórico-científica, apenas por experiência, eram chamados "mestres de risco" ou "mestres pedreiros", antecessores dos atuais..arquitetos.


Muitas obras realizadas pela Engenharia Militar daquela época ainda podem ser apreciadas atualmente como fortes, igrejas, mosteiros, aquedutos, etc. A maior e mais famosa, construída pelo Brigadeiro José Fernandes Alpoim, foi o aqueduto que abastecia o Rio de janeiro, hoje conhecido como Arcos da Lapa.
O Próprio D .João na época ainda príncipe regente, após a transferência da família real ao Brasil, deu uma enorme contribuição a engenharia A transferência do Corte Portuguesa para o Brasil deu-se no dia 26 de novembro de 1807, com ele viria também todo o Estado Português, toda a administração pública, e aproximadamente 15.000 portugueses, maioria nobres, e serviçais do Reino de Portugal.


Dom João , no dia 28 de Janeiro declara a abertura dos Portos as nações amigas, pois até então a economia da colônia era baseada através do monopólio comercial assim era uma maneira da Côrte assegurar sua sobrevivência, esse medida era chamada pacto colonial. O fato de D. João ter aberto os Portos foi a primeira sinalização de Independência da Colônia, pois antes da abertura, a econômia era básicamente de subsistência, ou para a sustentação para a o Reino de Portugal, assim D. João e a Corte partem para o Rio de Janeiro com o intuito de estruturar o poder politico português em terras brasileiras. Em abril de 1808, D. João revogou os decretos que proibiam a instalação de manufaturas na Colônia, isentou de tributos a importação de matérias-primas destinadas à indústria, ofereceu subsídios para as indústrias de lã, de seda e do ferro, incentivando a introdução de novas máquinas. Criou, também, no mesmo ano, a Biblioteca Real, o primeiro Banco do Brasil, a Escola de Marinha e a Imprensa Régia.



Houve a abertura de produções gráficas no Brasil, assim surgiriam às primeiras revistas e jornais, inovando a consciência e mentalidade dos que aqui residiam, mas isso não significava uma liberdade de expressão e imprensa, era apenas o inicio para abastecer a elite letrada da Corte.



A corte portuguesa trouxe consigo a preocupação de criar academias e fabricas, foi criado a partir desse momento um observatório astronômico, fundando a fábrica de pólvora e arsenais, onde anos depois trabalharia lá Joaquim Gonçalves Ledo, e que se tornaria em 1811, a Academia Militar. Este órgão tinha entre as suas funções, a de promover um curso das chamadas ciências exatas (Matemática) e de observação (Física, Química, Mineralogia e História Natural). Essa academia formava oficiais do exército, engenheiros, geógrafos e topógrafos para que administrassem as obras empreitadas pelo governo, como a abertura de estradas, minas, portos, etc.. D. Rodrigo, Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, criou medidas de política e defesa da Colônia estruturada, por que também se preocupava em estabelecer canais de comunicação com todas as regiões.



Os objetivos reais dessas medidas eram principalmente em proteger a colônia de guerras e facilitar a vida econômica da colônia que incluía o trafego através de rios e dos Portos, chegavam ao o Rio de Janeiro mercadorias e gêneros alimentícios tanto do exterior quanto de outras regiões do Brasil



*Vítor Andrade
Professor de História
Pós Graduado em História da Maçonaria
Diretor do SINPROEP DF

¹ ANDRADE, Vítor. A Maçonaria e a Independência do Brasil
²História da Engenharia no Brasil - Pedro Carlos da Silva Telles - Clube de Engenharia - 1984

Dia 11 de Dezembro dia do Engenheiro




Vítor Andrade*

O dia 11 de dezembro foi escolhido para ser o dia do Engenheiro e do Arquiteto porque nesse dia, no ano de 1933, foi promulgado o Decreto Federal 23.569 que regulou o exercício das profissões de engenheiro, arquiteto e agrimensor.
Se observarmos o meio que nos cerca, veremos a interferência desses profissionais por toda parte: desde a nossa habitação com o seu conforto, sua higiene, a energia consumida, até os sistemas de comunicação mais sofisticados.

A Engenharia nasceu com a necessidade de proteger as cidades e suas populações de ataques por outras tribos. Depois, surgiu a necessidade de deslocar tropas para o combate e construir estradas, pontes, etc. Paralelamente a isso, também já se desenvolvia construção de embarcações e de armas e artefatos de guerra, tudo requerendo mais tecnologia que os seus similares para atender aos trabalhos do dia a dia, como moradia, agricultura, etc, porque envolvia disputa e, já naquela época, vencia quem tinha mais tecnologia. Como se pode concluir, a Engenharia nasceu para suprir necessidades de combate, seja defesa ou ataque, como uma atividade militar. A primeira tropa de Engenharia mais organizada foi a do Exército romano, denominadas "fabri" ( do latim fabricare). Tinham treinamento especializado em locais específicos que hoje seriam consideradas escolas, e deixaram obras como estradas, pontes, fortificações por toda a Europa, muitas ainda existentes. Leonardo da Vinci e Galileu fizeram muitos projetos com finalidades militares. Uma curiosidade, o compasso, inventado por Galileu nasceu como um instrumento militar.


O advento da pólvora e a invenção do canhão, deu novo impulso à Engenharia, que teve de adaptar sua fortificações para fazer face ao poder das novas armas. As primeiras obras de Engenharia que se tem notícia na História da Humanidade datam de 8000 AC, portanto há mais de 10000 anos, e foi a fortificação da cidade de Jericó, mas encontramos também na mesopotâmia antiga obra de engenharia, de irrigação, desvio de rios, próximas ao rio Nilo por exemplo, assim com o barragens, na tentativa de produzir alimentos para épocas de estiagem, isso se levando em consideração a idade antiga.


Com a evolução do pensamento na idade média, foram principalmente os engenheiros responsáveis pela construção de templos e Igrejas, financiados principalmente pela Igreja católica, com a ajuda também da Maçonaria . A partir do Século VI, as associações monásticas de construtores controlavam o segredo e a arte de construir. Nesse momento da História, ocorriam às invasões dos povos bárbaros na Europa, ocasionando, freqüentemente, mortes, saques, e guerras, e assim arquitetos e artistas encontravam-se seguros nos conventos ou próximos a eles. Mas já no século X, houve uma necessidade de expansão por parte da Igreja, esses frades construtores passaram a treinar e preparar leigos para os serviços, formando as Confrarias Leigas e, por terem aprendido a arte de construir com frades, davam um cunho religioso ao trabalho.
No Século XII, surgem associações simplesmente religiosas que formavam corpos profissionais, denominadas: Guildas. As Guildas têm origem no nome Gild, de origem teutônica, utilizado na região da Escandinávia.


Um ágape religioso durante a qual, numa cerimônia especial, eram despojados 3 copos de chifre (chavelhos), conforme o uso da época, cheios de cerveja, sendo um em homenagem aos deuses, outro, pelos antigos heróis, e o último homenagem a parentes e a memória de amigos mortos, e ao final da cerimônia, todos os participantes juravam defender uns aos outros, como irmãos, socorrendo-se mutuamente em momentos difíceis.


Essas Guildas defendiam que entre seus membros deveria haver auxilio mútuo e atuação por reformas sociais e políticas, após as reuniões eram comuns os banquetes. Com a Chegada das Guildas na Inglaterra, introduzida por reis de origem saxônica, estas sofreram modificações, influenciadas, principalmente, pelo Cristianismo, porém a Igreja não os reconhecia, sobre tudo por suas idéias de reformas políticas e sociais, vistas pela Igreja como uma ameaça, sem contar as acusações de praticas pagãs por parte de seus membros. Devido essas acusações, as incorporações se organizavam sob a proteção de um Monarca ou adotavam o nome de um santo protetor.
Surgem desta forma os Ofícios Francos, que levariam mais tarde o nome de Franco-Maçonaria, ou seja, Pedreiros – Livres. Eram Livres, pois se organizavam por categorias, e não contribuíam com impostos feudais e eclesiásticos, eram chamados de Franc-maçons na França e Freemasons na Inglaterra.. As Guildas dariam origens às Lojas. Na arte de construção de Igrejas e palácios, ao lado construíam-se as lojas, que eram locais onde se discutiam as coordenadas de Obras, assim esses obreiros, instruíam uns aos outros na arte de construir. As Lojas eram compostas por três classes: Aprendiz, Companheiro e Mestre.. Esses obreiros comprometiam-se a não revelar o segredo das construções, e nas lojas só participariam pedreiros, e quem viesse a participar da loja, seria iniciado e aprenderiam o oficio de construir (aprendiz), sempre instruídos pelo Mestre. Por toda a Europa construíram igrejas, templos e palácios.



Em 1539 o rei Francês Francisco I, tirava dos pedreiros livres os direitos e privilégios que eles tinham, abolindo Guildas, Lojas e Fraternidades, regulamentando as corporações de artesãos. No século XVI com o surgimento da Renascença, o estilo gótico foi abolido, era o período em que os renascentistas reviveriam as artes Greco-romanas, mas esse estilo conheceria o oficio de todas as corporações profissionais, os Francos-Maçons foram seriamente afetados, transformando-se em uma sociedade de..auxilio..mútuo¹


Mas foi na França que a Engenharia moderna começou a surgir com a primeira escola de Engenharia do mundo (École Nationale des Ponts et Chaussés - 1747), também militar, e depois a École Polytechnique (1795). Algumas outras menores como a École Royal du Génie, de Mezieres (1749), École Natonale Supérieure de Mines, precussora da Engenharia de Minas, também surgiram. Uma curiosidade, é a relação entre os termos "mina" para explorar minerais (carvão, ouro, etc) com "mina" artefato de guerra. Um deriva do outro porque École de Mines preparava tropas de Engenharia para escavar túneis por baixo das muralhas de fortificações e colocar explosivos para demoli-las e facilitar o ataque das tropas.



Grandes matemáticos foram Engenheiros Militares de Napoleão, tais como Gaspard Monge (criou a geometria descritiva a partir de um problema de fortificações que foi segredo militar durante 15 anos na França), Lagrange, Laplace, Fourier, Poncelet, Cauchy, Carnot, dentre outros.

Quase todo o mundo seguiu a tendência francesa, inclusive Portugal que criou a sua primeira Escola de Engenharia, a Real Academia de artilharia, Fortificação e Desenho, primeiro em Portugal, e depois no Brasil colônia em 1792, primeira escola de Engenharia das Américas, que deu origem ao Instituto Militar de Engenharia, a Escola Politécnica da UFRJ e a Academia Militar das Agulhas Negras. A segunda foi a Academia Militar de West Point, nos Estados Unidos, em 1802. O Real Corpo de Engenheiros de Portugal deu origem ao Corpo de Engenheiros do Exército Brasileiro que existiu até 1908. Vários Engenheiros famosos passaram por ele mas destaco o nome de André ***** Rebouças, herói da Guerra do Paraguai (Tenente do Corpo de Engenheiros), depois um grande professor da Escola Politécnica, considerado o primeiro Engenheiro não branco do mundo, formado pelo Exército Brasileiro, juntamente com mais dois irmãos, em 1860, ainda na época da escravatura².




O termo Engenheiro, naquela época, era definido pelos dicionários, como "oficial que sabe arquitetura militar e dirige os trabalhos para o ataque e defesa de praças". O termo Engenheiro Civil surgiu apenas no século XVIII, criado pelo inglês John Smeaton, um dos criadores do cimento Portland, para diferenciar uma nova categoria de Engenheiros que não era militar. Os profissionais que faziam construções em geral, não militares, sem nenhuma base teórico-científica, apenas por experiência, eram chamados "mestres de risco" ou "mestres pedreiros", antecessores dos atuais..arquitetos.


Muitas obras realizadas pela Engenharia Militar daquela época ainda podem ser apreciadas atualmente como fortes, igrejas, mosteiros, aquedutos, etc. A maior e mais famosa, construída pelo Brigadeiro José Fernandes Alpoim, foi o aqueduto que abastecia o Rio de janeiro, hoje conhecido como Arcos da Lapa.
O Próprio D .João na época ainda príncipe regente, após a transferência da família real ao Brasil, deu uma enorme contribuição a engenharia A transferência do Corte Portuguesa para o Brasil deu-se no dia 26 de novembro de 1807, com ele viria também todo o Estado Português, toda a administração pública, e aproximadamente 15.000 portugueses, maioria nobres, e serviçais do Reino de Portugal.


Dom João , no dia 28 de Janeiro declara a abertura dos Portos as nações amigas, pois até então a economia da colônia era baseada através do monopólio comercial assim era uma maneira da Côrte assegurar sua sobrevivência, esse medida era chamada pacto colonial. O fato de D. João ter aberto os Portos foi a primeira sinalização de Independência da Colônia, pois antes da abertura, a econômia era básicamente de subsistência, ou para a sustentação para a o Reino de Portugal, assim D. João e a Corte partem para o Rio de Janeiro com o intuito de estruturar o poder politico português em terras brasileiras. Em abril de 1808, D. João revogou os decretos que proibiam a instalação de manufaturas na Colônia, isentou de tributos a importação de matérias-primas destinadas à indústria, ofereceu subsídios para as indústrias de lã, de seda e do ferro, incentivando a introdução de novas máquinas. Criou, também, no mesmo ano, a Biblioteca Real, o primeiro Banco do Brasil, a Escola de Marinha e a Imprensa Régia.



Houve a abertura de produções gráficas no Brasil, assim surgiriam às primeiras revistas e jornais, inovando a consciência e mentalidade dos que aqui residiam, mas isso não significava uma liberdade de expressão e imprensa, era apenas o inicio para abastecer a elite letrada da Corte.



A corte portuguesa trouxe consigo a preocupação de criar academias e fabricas, foi criado a partir desse momento um observatório astronômico, fundando a fábrica de pólvora e arsenais, onde anos depois trabalharia lá Joaquim Gonçalves Ledo, e que se tornaria em 1811, a Academia Militar. Este órgão tinha entre as suas funções, a de promover um curso das chamadas ciências exatas (Matemática) e de observação (Física, Química, Mineralogia e História Natural). Essa academia formava oficiais do exército, engenheiros, geógrafos e topógrafos para que administrassem as obras empreitadas pelo governo, como a abertura de estradas, minas, portos, etc.. D. Rodrigo, Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, criou medidas de política e defesa da Colônia estruturada, por que também se preocupava em estabelecer canais de comunicação com todas as regiões.



Os objetivos reais dessas medidas eram principalmente em proteger a colônia de guerras e facilitar a vida econômica da colônia que incluía o trafego através de rios e dos Portos, chegavam ao o Rio de Janeiro mercadorias e gêneros alimentícios tanto do exterior quanto de outras regiões do Brasil



*Vítor Andrade
Professor de História
Pós Graduado em História da Maçonaria
Diretor do SINPROEP DF

¹ ANDRADE, Vítor. A Maçonaria e a Independência do Brasil
²História da Engenharia no Brasil - Pedro Carlos da Silva Telles - Clube de Engenharia - 1984

4 de dez. de 2011

O Individualismo e o patrimonialismo no Brasil



O Público e o Privado


O individualismo e o patrimonialismo no Brasil, infelizmente, ainda é confundido com o privatismo. Na primeira impressão podem parecer sinônimos mas não são. No Brasil a privatização começou logo cedo, com o Português Fernando de Noronha. Em 1504 com o nosso país recém descoberto, o então Rei de Portugal D. Manuel I, na data de 16 de Fevereiro, entregou carta patente dando direito de Fernão de Noronha ou Fernando, a explorar, a ilha, sendo a primeira capitania hereditária do Brasil, logo depois D. Manuel I doou, como se fosse dele, a Ilha para Fernando de Noronha.


Nosso país ainda não conseguiu separar o Estado da vida privada, e o que se vê é a cada dia a população mais revoltada, principalmente quando se fala da vida política partidária. Como dizia o gaúcho Barão de Itararé ou Aparicio Torelli: "Certos políticos brasileiros confundem a vida pública com a privada", aliás, Barão já é um titulo nobiliárquico, que foi muito distribuído no período colonial e imperial, o Barão pertence a Nobreza do Estado, no caso monarquista, mas Aparicio utilizava esse titulo como pseudônimo, para criticar o Estado. Dom Pedro I, Defensor perpétuo do Brasil, quando foi jurar a constituição de 1824 declarou que defenderia a nossa constituição se ” fosse digna do Brasil e de Mim.”


O Brasil infelizmente pulou algumas etapas sociais, como toda a beleza contrastada e rebuscada da Idade Média, o Brasil é “descoberto” em 1517. Enquanto aqui havia exploração, na Alemanha Lutero já havia questionado o Poder da Igreja Católica com alta carga de renascimento que nós não sentimos em nosso processo de formação.


O divisor de águas da Idade moderna para a Idade Contemporânea é a Revolução Francesa em 1789, mas não podemos esquecer que mais de 100 anos antes a Inglaterra já havia realizado a revolução puritana, já havia discutido o modelo de Estado e já havia cortado a cabeça de seu Rei. A América Anglo saxônica, já havia declarado Independência, e o Brasil ainda era colônia, quando nós ficamos “Independentes” muitos outros países Latino-Americanos, já estavam independentes. Só para citar: Perú e Venezuela entre outros, o que dizer de nossas Universidades, uma das primeiras Universidade da América-Latina é a do Peru em 1551, e a do Brasil é do Amazonas em 1909, segundo o livro dos recordes e a própria UFAM, e com as leis brasileiras.


O Brasil, não viveu as Revoluções Industriais, nós não passamos por duas Guerras mundiais para termos que construir e reconstruir um Estado, o próprio Deodoro da Fonseca que fez a nossa proclamação da República era monarquista, e não sabia se gritava Viva a Monarquia ou Viva a República, ou seja a construção do povo brasileiro foi feita às avessas, misturando o público como privado. Quando fizeram a “abolição da escravatura”, poderiam ter feito a Reforma Agrária. Soltaram os ex-escravos nas ruas, e ainda indenizaram os senhores de escravos, sendo que o Brasil foi um dos últimos países a abolir a escravidão no mundo.


Quem não se lembra do Ministro do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que disse certa vez: “Gente, cachorro também é gente” quando foi flagrado levando seu cachorro para passear em carro oficial. E não para por aqui, é ministro viajando de avião pago por empreiteira, é lobista dando presentes de fim de ano para funcionários do Governo, é a Máquina pública inchada de cargos em comissão para fazer propaganda política.


E o que dizer de nosso Judiciário, que não presta contas para a sociedade. Tem motorista levando filho de ministro para escola e até para faculdade, e o mais inusitado o motorista atrapalhado ou cheio do poder ainda estacionou o carro oficial na vaga para deficiente. Ainda tem ministro que diz: “Eu sou Ari Pargendler e você está demitido!!!,. No filme Cidade de Deus tem uma cena em que um personagem grita: Dadinho é o C... meu nome agora é Zé Pequeno, quem falou que a boca é tua!”, resumindo: eu é quem mando nisso aqui é meu, em ambos os casos.


O Estádio do Curintia é uma obra privada, feita com dinheiro público, afinal é publico ou privado? Nossa sofrida e mal remunerada policia militar é quem faz a segurança dos torcedores nos jogos, alguém sabe me dizer por quê? A PM ao invés de ir para as ruas vai para os estádios, e ainda vem o Ricardo Teixeira dizer que não deve prestar contas à sociedade. Por que somente a Globo tem direito a exclusividade em jogos da seleção de jogadores nascidos no Brasil?


É o público misturado como privado, mas só para os ricos. O pobre se contenta em por carro na calçada, em fazer calçada desnivelada, em por cone de ferro e por até corrente para ninguém passar. Infelizmente quem vê os poderosos fazendo o que querem, quer fazer aqui em baixo o mesmo, mas de acordo com seu poder. Acabaremos com isso quando? Quando o professor, for valorizado, motivado, bem remunerado, e os alunos puderem ter um professor idealista, que dá aulas com prazer, em uma escola bem equipada. Em um Brasil com tantas desigualdades, haja ao menos igualdade entre alunos e mestres, lembrando que igualdade não é ausência de hierarquia. E é assim que sonhamos, acreditamos e assim será.


Brasil!
Meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
O Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingar
O Brasil, do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil! Pra mim! Pra mim, pra mim

2 de dez. de 2011

A Árvore de Natal

*Por Vítor Andrade

Você sabe como surgiu a árvore de natal? Pois bem, antes de começar a falar sobre ela é importante tocar num ponto delicado da religião: A Reforma Protestante, talvez seja aqui uma História já conhecida, mas será que conhecemos mesmo a verdade?Lembrando Martinho Lutero nasceu na Alemanha, em plena Idade Moderna, a essas horas já havia se debruçado sobre as façanhas de São Francisco de Assis, de Santo Agostinho, afinal Lutero era um Sacerdote Agostiniano, teólogo , professor, a essa hora Deus já não era mais o centro de tudo o TEOcentrismo foi substituído pelo antropocentrismo, Copérnico já havia demonstrado que a Terra gira em torno do Sol.

Essas informações servem para mostrar que Martinho Lutero NUNCA, quis romper laços com a Igreja Católica Apostólica Romana, e sim mudar o que estava errado, como venda de indulgências, que é de maneira geral, trocar a absolvição dos pecados por trocas em dinheiro ou obras, Lutero morreu com devoção a Maria Mãe de Jesus tanto que dizia: . O Reformador prometia cem moedas de ouro a quem lhe provasse que a palavra almah em (Isaías 7,14) não significa virgem, e mais: Ao referir-se a (Mateus 1,25) observa: "Destas palavras não se pode concluir que, após o parto, Maria tenha tido consórcio conjugal. Não se deve crer nem dizer isto".

Hoje as Igrejas ditas evangélicas nem sabem quem foi Lutero, em Brasília dia 30 de novembro foi instituído o Dia do Evangélico que nem o autor da lei sabe por que é dia 30 de novembro, aliás o autor da lei é ex-deputado distrital cassado, responde por crimes de assassinato, onde aliás o Ex-Deputado mudou até de nome de Adão para Carlos, a data correta se formos pensar pela lógica seria 31 de outubro data da REFORMA LUTERANA, e muitos evangélicos não sabem nem quem foi Lutero e nem o que foi a reforma. Tá!Mas professor o que isso tem haver com os símbolos natalinos? existem algumas denominações Evangélicas que enxergam como pecado se ter árvore de natal em casa, luzes etc.

O Presépio foi feito por São Francisco de Assis, em 1223, Presépio significa em hebraico "a manjedoura dos animais", o mesmo São Francisco provocador de Martinho Lutero em reformar a Igreja, conta a história que Francisco de Assis rezava na Igreja de São Damião quando sentiu-se chama a “RECONSTRUIR” a Igreja, essa Igreja era a de estava em Ruínas ( de São Damião), mas a mensagem não era reconstruir a Igreja Física, e sim a Institucional, o mesmo que fez Lutero séculos mais tarde.

MARTINHO LUTERO, como mencionado no inicio do texto, viveu na Alemanha lugar frio, com muitos pinheiros, e com Lutero por perto o que e que deu: A Arvore de Natal. Conta a história que Lutero caminhava pela floresta quando avistou um único ramo verde de pinheiro ao meio da neve, Lutero teria então pegado alguns galhos e os enfeitou com velas, frutas vermelhas, e outros adornos, criando assim a arvore do natal, ao qual Lutero queria simbolizar a grandeza do Reino do Céu, pois um céu estrelado,com noites, frias, e neve caindo sobre pinheiros foi de forte inspiração, reproduzida por nós até hoje, e ainda falam mal de Lutero , que errou e acertou como qualquer um de nós mortais, infelizmente o natal virou data comercial, onde muitas vezes o aniversariante Jesus Cristo nem é convidado para ceia, gasta-se tanto com árvores de natal, com a ceia de natal, e o aniversariante nasceu no meio de animais num celeiro, como representado no presépio feito inicialmente por Francisco de Assis.

Um fraternal abraço,

Profº Vítor Andrade