15 de jun. de 2012


                                  17 de Junho de 1822  Fundação do Grande Oriente do Brasil


Na data de 17 de junho de 1822, foi fundado o Grande Oriente do Brasil. A maçonaria do Brasil passou a ser uma potência e não mais vinculada ao Grande Oriente Lusitano, ou da Ille de França. Encontravam-se os Maçons reunidos no Rio de Janeiro em sua única Loja Regular, a Loja Comércio e Artes, conduzido pelo Capitão João Mendes Viana, que após ler os artigos da constituição do Grande Oriente do Brasil (na época chamada Brasílico), aclamaria José Bonifácio de Andrada e Silva como o Primeiro Grão-Mestre da Maçonaria Brasileira, e o Primeiro Grande Vigilante [1] foi Joaquim Gonçalves Ledo, foram empossados os demais cargos dentro do Grande Oriente, as três primeiras Lojas instaladas foram: Comércio e Artes, Esperança de Niterói e União e Tranqüilidade, essa em homenagem ao príncipe D.Pedro I, em função ao “Dia do Fico”.
A data de fundação do Grande Oriente do Brasil é importante para a historiografia nacional, e para a Independência do Brasil, foi um dos momentos marcantes que antecedeu a Independência do Brasil, ocorrido no Estado brasileiro. Em ata registrada do Grande Oriente do Brasil, datado de 02 de Agosto de 1822, em sua 09ª Sessão:

O Grão-Mestre da Ordem, então, o conselheiro José Bonifácio de Andrada e Silva, proposto para ser iniciado na Ordem S.A. D. Pedro de Alcântara, Príncipe Regente do Brasil e seu defensor perpétuo. E sendo aceita a proposta, com unânime aplauso, e aprovada por aclamação geral, foi imediata e conveniente comunicada ao mesmo proposto, que, dignando-se aceita-lá compareceu logo na mesma Sessão e sendo também logo iniciado no primeiro Grau de aprendiz.[2]

Para o grupo do partido brasileiro dentro da maçonaria, principalmente liderados por Gonçalves Ledo foi fundamental para a Independência brasileira a iniciação do Príncipe Regente. Com o príncipe Maçom, poderiam facilmente envolvê-lo em discussões dirigidas à Independência. Além disso, estando D.Pedro dentro das discussões presentes na Maçonaria, a solução mais plausível seria de tornar o Brasil um país independente, porém monárquico. Acredita-se que este seria mais uma dos motivos das farpas trocadas por Ledo e Bonifácio.
No campo político, a separação entre Brasil e Portugal se tornava cada vez mais evidente. Antes do retorno de Dom João VI a Portugal, ele já antevia que mais cedo ou mais tarde a emancipação política do Brasil viria a ocorrer. Consta que haveria dito a D.Pedro: Pedro se o Brasil se separar, antes seja para ti, que me hás de respeitar do que para algum desses aventureiros. Mesmo com a convocação de D.Pedro à Corte para se fazer uma constituição brasileira, a Independência já estava sendo construída, apesar da forte oposição entre os grupos existentes principalmente o grupo liderado por Ledo que defendia o voto estendido a todos brasileiros e o grupo de Bonifácio que além de contrário a república, defendia o voto apenas de quem possuía grandes propriedades.

Para a primeira direção da Maçonaria brasileira foram assim em possados:

"Eu Profº Vítor Andrade, de livre acordo  e vontade , na presença do Supremo Arquiteto do Universo, que lê no  meu coração  e de todo povo maçônico brasileiro aqui apresentado, juro não revelar  a profano algum nem maçom deste ou outro qualquer Oriente  a palavra sagrada da Ordem, e a de passe deste Oriente assim como todos os segredos que são concernentes ao lugar de Grande Delegado do Grande Oriente do Brasil, tanto nessa ocasião como em outra qualquer exceto ao meu futuro sucessor.
....
empregar todos os meus esforços , sempre que necessários a bem de todos os maçons e de sustentar as causas do Brasil, quando compatível com minhas faculdades. E se perjurar qualquer dessas obrigações , de novo me submeto às penas dos meus graus a ao desprezo e a execração pública.

Assim Deus me Salve!

Após juramento assinam:

José Bonifácio de Andrada e Silva Grão Mestre
Joaquim Gonçalves Ledo 1º Grande Vigilante
João Mendes Viana 2º Grande Vigilante
Grande Orador Januário da Cunha Barbosa
Grande Secretário Manoel José de Oliveira
Grande Chanceler Francisco das Chagas Ribeiro

Oriente do Rio de Janeiro, 17  de Junho de 1822.



[1]              O Primeiro Grande vigilante é o substituto direto na ausência do Grão-Mestre.
[2]              CASTELLANI, José. A Ação secreta da Maçonaria na Política Mundial. São Paulo: Landmark, 2007, p.68.             

10 de jun. de 2012


                                                         Algo cheira mal na  PMDF

Toda promessa política de campanha tem três pilares fundamentais, saúde, educação e segurança, aqui me restringirei a comentar sobre a segurança pública, pois sempre me dirijo a comentar sobre educação.Brasília nos últimos anos aumentou consideravelmente a sua população e também os índices de violência, claro que nem se comparam a dados de outros Estados, mas se analisarmos em termos  proporcionais é a capital que mais tem crescido o estado de violência. Dados da própria PMDF dizem que somando quartéis e PCS (postos comunitário de segurança), a PM possui 271 unidades, todas elas vigiadas e controladas por policiais militares, com a finalidade de conter a violência.

Mas informações veiculadas no último 04 de junho de 2012, foi anunciado  a mais nova e “brilhante” saída para  resolução de falta de efetivo e combate a criminalidade, o comando da PMDF decidiu contratar empresas de segurança terceirizada para  tomar conta das unidades, segundo o Coronel  Cintra a medida seria para preservar o patrimônio das unidades e liberar 1.400 policiais para rua, agora me respondam o que tem de tanto valor num PCS para precisar de um vigilante tomando conta? Lá tem um computador de péssimas condições e sem internet,  uma cadeira e um banheiro, concordo plenamente em mais policiais na rua, mas para que um vigilante tomando conta disso? É melhor fechar os postos e por policiais na rua, pois muitas vezes os pm’s não podem nem sair de onde estão para atender ocorrências. Ou acontecer como no Guará há tempo atrás que colocaram fogo num PCS.

Já foram  terceirizados os serviços do 190 e não deu certo, e agora querem terceirizar a vigilância do patrimônio da PM? Ou será que na licitação e concorrência terão mais coisas, além de contratação de serviços? Licitação sempre cheirou a sujeira no Brasil, o Coronel ainda diz que trás economia para o Estado pois um policial custa quase três vezes mais que um vigilante, mas terceirizar gera gastos e o preço sairá por quase o mesmo tanto de um policial militar.

Será que o palácio do Buriti e a segurança do governador serão feitas por vigilantes? Isso é um absurdo, é brincar com a cara da população e com a própria corporação da PMDF, com isso o coronel acaba por afirmar que os PCS não resolvem o problema  e a demanda da população, que a policia militar não tem efetivo suficiente para atender o cidadão, e ainda por cima assume que o número de agregados ou seja policiais que não estão a serviço da PM e estão lotado em outro órgãos da administração pública, é uma ingerência total do Estado, que já inclusive colocou vigilantes nas escola públicas do DF e não resolveu o problema de violência nas escolas. Se um cidadão for a um PCS e falar que precisa de um atendimento devido a um assalto e não tiver nenhum PM no posto e que o vigilante irá fazer? Nada, pois não é policial, se fizer algo e der errado de quem é a culpa? Então a finalidade é vigiar um computador velho? Ou controlar entrada e saída de veículos nos quartéis?

Estão terceirizando a policia, A educação, as salas de aula estão abarrotadas de professores temporários, a saúde o hospital de Santa Maria foi uma tentativa de terceirizar a saúde e não deu certo, algo cheira mal na PMDF, os policiais assim como servidores da saúde e educação merecem mais respeito, mais salário digno e moradia, e terceirizar não é a solução, é preciso concurso público e qualificação, e o governo um pouco mais de respeito ao povo, e parar de brincar com nossa cara. Terceirização da PMDF não!